Primeiro projeto de gênero dramático do diretor David Dobkin (Penetras bons de bico-2005), 'O Juiz' é mais do que um filme de tribunal. É um filme que fala de relações humanas, amor, perdão, vingança. 

 

Robert Downey Jr. vive um famoso e conceituado advogado que está enfrentando o divórcio quando recebe a notícia que sua mãe morreu. Assim, parte para a cidade pequena onde cresceu para não só enterrar a mãe mas se reencontrar com o pai, o temido juiz local, que há muito não via. Robert Duvall vive o personagem título do filme que, mesmo sendo o antagonista, não é menos necessário da história.

 

O filme foi criticado por ser longo demais, numa tentativa do diretor de deixar a história mais amarrada possível. O fato é que o Juiz me surpreendeu pela necessidade do roteiro em lavar a roupa suja.

 

Como em alguns clichês, alguém muito respeitado precisa morrer pra que todos se reencontrem, se perdoem e se reavaliem. Na jornada do protagonista, além de perder a mãe, ele tem que acertar as contas com o irmão frustrado graças à um acidente causado por ele,  reencontro com ex namorada a quem trocou pela vida na cidade grande e um pai rancoroso. Como se não bastasse, o juiz é acusado de matar um homem que condenou anos antes e está com câncer. Ufa!

 

A partir daí, inicia-se a jornada de libertação do rancor que dará lugar ao amor e à família acima de tudo onde o filho será o defensor do pai nos tribunais.

 

A dupla principal é a estrela do filme que, embora longo e cheio de nuances, prende às atenções. 

Nota 8.5